É bailarino no andar.
Negro sofreu no açoite,
sangrou de tanto apanhar.
Negro de Angola, Moçambique e Nagô,
Ascende vela pra Vovó, Ogum e Xangô.
Negro ascende vela pra rezar
e pra iluminar o barraco, já que a luz voltou a acabar.
Negro é Joaquim, Barbosa e Nabuco,
é Amarildo, é o Rio em luto!
Negro é Martinho, é Mandela,
É festa no gueto, em Soweto e na favela.
Negro, filho primogênito de Deus!
Negro da cultura milenar,
salve Oxalá, salve os yorubás.
Negro vai se libertar,
Negro é preto como a noite
e a mãe África jamais vai te abandonar.
Vinicius Diniz
Nenhum comentário:
Postar um comentário